Soledade - O poeta bocaiuvense - Mário Lúcio Silva lançou recentemente mais um livro de poemas, intitulado "Soledade". O livro é uma coletânea de 24 poemas a onde um deles menciona o Termas de Ibirá, sua história, sua cultura e seus habitantes.
Soledade - O poeta bocaiuvense - Mário Lúcio Silva lançou recentemente mais um livro de poemas, intitulado "Soledade". O livro é uma coletânea de 24 poemas a onde um deles menciona o Termas de Ibirá, sua história, sua cultura e seus habitantes.
Mário Lúcio Silva nasceu em Bocaiúva – MG em 1956. Desde criança, ele demonstrou interesse pela poesia.
No livro, Mário Lúcio Silva aborda temas como a importância da cultura local e a beleza da cidade. Os poemas são escritos em linguagem simples e direta, mas com um toque de sensibilidade e poesia.
TERMAS DE IBIRÁ
Longa viagem.
Os norte-mineiros extenuados
Têm que o pouco tempo aproveitar.
Pelas mãos do Cesinha
São encaminhados para descansar
Nas águas das Termas de Ibirá.
Melhor que as termas águas
São as termas pessoas do lugar.
Melhor que o vanádio das águas tépidas
Alcalinas e relaxantes
É a amizade lépida
Daquela gente recebendo os visitantes.
E a via-sacra vai começar.
Vista-se a escola da alegria:
Dona Cida e Maria Luiza – artesãs e piadistas
Semeiam risos e fazem o queixo doer.
Mais além, são apresentadas as “flores”
Do Hotel Colonial.
Ali, espalham e da hospitalidade.
Mais um “point” e os problemas se adoçam:
Várias qualidades de doces feitos
Pela mais dócil criatura. Família dos Perci e Pergia
Perfeitos.
Perfeitos no acolhimento os dois irmãos
E depois a Encarnação
Da ternura séria.
Um casal nos abriu o bangalô e o coração.
Outro casal forneceu ovos
De qualidade excepcional – superior.
Dessa mesma qualidade,
Para alimentar as almas
Foram os tecidos do professor – semeando calma
Com sua arte e bom gosto – arrancando palmas.
À noite, o corpo moído.
Só consegue aceitar cama
Deixando um hiato na agenda
Conhecer a turma – “Calçada da Fama”
Para embalar o sono
Os “Ventos Uivantes” de Ibirá
Sopram uma música suave
E trazem o sonho de aqui também ficar.
Ibirá, Terra que encantou meu irmão (Cesinha).
Termas que me lavaram a alma, ter mais paz.
Terma gente que me consideram seu.
Lugar sagrado: céu!
O vento da realidade, também sopra insistente.
Urge voltar pra Minas, afinal,
A descoberta da vassoura evidente,
Atrás da porta, foi o primeiro sinal.
Sob protesto, parto.
Mas, deixo parte do coração:
Que Deus cubra de muita paz
Todos esses novos irmãos,
E a essas plagas inunde com sua luz.
Que as águas abundantes e termas
Daqui desse lugar
Continuem extirpando a sede
De saúde, de ternura e de amar.
Fonte: Assessoria de Comunicação e Imprensa da Prefeitura de Ibirá
Autor: Alexandre B. Freitas